RESILIÊNCIA DAS MULHERES CHEFES DE FAMÍLIA
Uma redefinição de papéis sociais e um clamor por uma sociedade mais igualitária
Alessandra Baptista Lyrio
Antigas narrativas familiares cedem espaço para uma realidade desafiadora, onde mulheres não apenas desafiam estereótipos, mas lideram suas famílias por necessidade, não escolha.
Em apenas 70 anos, a liderança familiar entre mulheres negras saltou de 12% para 45%, desconstruindo padrões e redefinindo o papel feminino na sociedade moderna.
Ser chefe de família vai além das decisões financeiras. Enfrentando duplas jornadas, essas mulheres destacam-se não apenas como líderes, mas como habilidosas equilibristas sociais, conciliando responsabilidades domésticas e profissionais.
Conheça Letícia, zeladora de 47 anos, mãe de sete filhos.
Optei por criar meus filhos sozinha após me separar do pai devido ao alcoolismo. Ser chefe de família para mim significa independência, enfrentando desafios diários e a responsabilidade de ser mãe e pai ao mesmo tempo.Superei dificuldades com trabalho, oração e metas diárias. Mantenho-me firme mesmo após a recente perda da minha mãe. A cada dia, busco vencer minhas batalhas com fé, determinação e o apoio essencial dos meus filhos.Apesar do desejo por companhia, mantenho minha independência e aproveito a vida, cercada por amizades e desfrutando momentos de descanso em meu lar.
O caso de Letícia ilustra a luta por espaço profissional enquanto cria seus filhos com pouca rede de apoio. Sua história é emblemática da resiliência necessária para ascender em meio a desafios.
Ser chefe de família é um desafio para guerreiras, e embora não seja fácil, encaro cada dificuldade com a certeza de que, com Deus no coração, é possível superar tristezas e seguir em frente com gratidão pela vida que construí.
Mulheres negras, agora chefes de família, clamam por uma sociedade mais igualitária, onde suas vozes sejam ouvidas e respeitadas. Desigualdades de gênero e raça persistem, exigindo uma reestruturação profunda das estruturas sociais.
Sejamos agentes ativos na transformação social, apoiando políticas inclusivas e promovendo igualdade.
Alessandra Baptista Lyrio
Sou, Alessandra Baptista Lyrio,50 anos, mulher negra, Assistente Social e Funcionária Pública.
Idealizadora do videocast “PodAlê?“, que se dedica à promoção da diversidade etária,
diversidade racial, diversidade de gênero, longevidade e ao empreendedorismo feminino.
Instagram:https://www.instagram.com/ale50mais_/
Facebook: https://www.facebook.com/alessandra.baptisalyrio
Elaborado e Publicado por Madis
